segunda-feira, 21 de março de 2011

A passagem de Obama pelo Brasil…

Vamos começar o nosso dia de hoje com o discurso do Presidente dos Estados Unidos Barack Hussein Obama II para o povo brasileiro no domingo no Theatro Municicipal no Rio de Janeiro.

A mensagem de Obama serve para todos nós concurseiros, trata-se da superação e na idéia que podemos ser o que quisermos.

Para começar o dia e a semana motivados. Já que há época que passamos  por momentos difíceis e que mesmo nos momentos difíceis somos capazes de nos superar e sobrepor às dificuldades.

Para todos, o meio mais extraordinário para sobrepormos às dificuldades é a educação. A educação leva a novas técnicas de desenvolvimento pessoal, melhora nossas percepções do mundo e nos torna melhores.

Vamos nos inspirar, estudar e tornar o Brasil um país ainda melhor.

Confira agora o discurso na íntegra do Presidente Obama, em inglês. Para quem não entende o idioma, tem a transcrição do discurso em português em logo abaixo:

Discurso em inglês

 

"Alô, cidade maravilhosa. Boa tarde, todo o povo brasileiro. (em português) Desde que chegamos, o povo dessa nação tem demonstrado a mim e à minha família o calor e a generosidade do espírito brasileiro. Obrigado.

Quero agradecer especialmente a todos vocês por estarem aqui, porque eu soube que tem um jogo do Vasco... (risos) Botafogo... (risos) E sei que os brasileiros não deixam de ver jogo de futebol assim facilmente...

Uma das minhas primeiras impressões sobre o Brasil foi um filme que vi com a minha mãe quando eu era muito jovem. Foi o “Orfeu da Conceição”, que tinha uma favela do Rio, durante o carnaval, como cenário. Minha mãe amou o filme, com as danças e cantos, o pano de fundo dos morros cariocas. E ele estreou como uma peça aqui no Teatro Municipal, pelo menos foi o que eu entendi pelo que me disseram.

Minha mãe, infelizmente, já se foi. Mas ela nunca imaginaria que a primeira viagem do filho dela para o Brasil seria como presidente dos EUA. Acho que ela nunca poderia imaginar uma coisa assim.

Nunca imaginei que esse país seria muito mais lindo do que era no filme. Vocês, como Jorge Benjor cantou, são um país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza.

Eu já vi essa beleza nas montanhas, nas areias, no oceano e na vibrante e diversa reunião de brasileiros que estão aqui hoje. Temos um grupo muito interessante, muito misto. Temos os cariocas, os paulistas, as baianas, os mineiros. Temos homens e mulheres das cidades, das regiões rurais, do interior e tantos jovens que são o grande futuro desta grande nação.

Ontem, eu me reuni com a sua maravilhosa nova presidente Dilma Rousseff e falei como fortalecer a parceria entre nossos governos. Mas hoje quero me dirigir ao povo brasileiro, sobre como podemos fortalecer a amizade entre nossas nações.

Vim aqui para partilhar com vocês algumas ideias. Quero falar sobre os valores que compartilhamos, as esperanças que temos em comum e as diferenças que podemos fazer no mundo juntos. Quando pensamos sobre isso... os caminhos dos EUA e do Brasil começaram de forma semelhantes.

Nossas terras são ricas com tudo o que Deus nos deu, são um lar para povos antigos e população indígena. A América foi descoberta por homens que buscavam um novo mundo e foi desenvolvida por pioneiros que levaram nossa fronteira para o Oeste. Nós nos tornamos colônias, decretadas por Coroas distantes. Mas logo conseguimos nossa independência. Depois, recebemos ondas de imigrantes. E, após longa batalha, conseguimos nos livrar da escravidão.

Os EUA foram a primeira nação a reconhecer a independência do Brasil e a criar um posto diplomático no Brasil. O primeiro chefe de Estado a visitar os EUA foi D. Pedro II. Na Segunda Guerra Mundial, nossos homens e mulheres lutaram juntos pela liberdade e, depois da guerra, nossas duas nações alcançaram a bênção da liberdade.

Nas ruas dos EUA, homens e mulheres marcharam, sangraram, morreram para que cada cidadão pudesse ter a mesma liberdade e as mesmas oportunidades. Não importava seu rosto, não importava de onde você era. No Brasil, vocês lutaram durante duas décadas, durante a ditadura, pelo mesmo direito de ser ouvido, pelo direito de ser libertado do medo. E, ainda assim, durante anos, a democracia e o desenvolvimento demoraram a se instalar. E milhões sofreram.

Mas eu venho aqui hoje porque esses dias acabaram. O Brasil é uma democracia plena, um lugar onde as pessoas têm a liberdade de falar o que pensam e de escolher os seus líderes. Onde uma criança pobre de Pernambuco pode sair do chão de $fábrica de cobre e chegar ao cargo mais alto do país.

O progresso do povo brasileiro inspirou o mundo. Mais da metade dessa nação é hoje em dia considerada de classe média, milhões foram retirados da pobreza. Pela primeira vez, a esperança está voltando para o lugar onde o medo costumava reinar. Eu vi isso hoje quando visitei a Cidade de Deus.

Não é apenas esse novo esforço de segurança e os programas sociais — eu quero parabenizar o governador e o prefeito pelo excelente trabalho que vêm desenvolvendo. É também uma mudança de atitude, como um jovem morador me disse hoje: "as pessoas têm que ver as favelas não com piedade, mas como fonte de médicos, advogados, dentistas, pessoas que vão ser soluções".

A cada dia, o Brasil é um país que apresenta mais soluções. Na comunidade global, vocês saíram de uma posição que precisava de ajuda de outros países, e, agora, vocês ajudam a combater pobreza e doenças onde quer que elas existam. Vocês têm papel importante nas instituições globais que protegem a segurança e promovem a prosperidade comum.

E vocês vão receber o mundo aqui, quando a Copa e as Olimpíadas vierem para o Rio de Janeiro. Vocês talvez já tenham ouvido falar que a cidade não era a minha favorita para sediar os Jogos. Mas já que os Jogos não puderam ser realizados em Chicago, não há lugar melhor do que o Rio. E espero voltar em 2016 para assistir às Olimpíadas aqui.

Por muito tempo o Brasil foi uma nação com pleno potencial, mas a política segurava o Brasil, tanto aqui como no exterior. Por muito tempo, vocês eram chamados de país do futuro, diziam que vocês esperassem por um dia melhor, que estava logo ali na esquina.

Mas, meus amigos (em português), esse dia finalmente chegou. E esse país não é mais o país do futuro. As pessoas do Brasil têm que saber que o futuro chegou: é hoje, e é o momento de abraçá-lo. Nossos países nem sempre concordaram em tudo. E, assim como muitas nações, teremos diferentes opiniões no futuro. Mas estou aqui para dizer que o povo americano não apenas reconhece o sucesso do Brasil. Nós torcemos pelo sucesso do Brasil!

Na medida em que vocês ainda enfrentam desafios domésticos e no exterior, deixem-nos ficar juntos, não apenas como parceiros sênior e júnior, mas como parceiros iguais, unidos por um espírito de interesse mútuo e respeito, comprometidos com o progresso que eu sei que teremos juntos.

Juntos podemos avançar na nossa prosperidade comum. Como duas das maiores economias do mundo, trabalhamos conjuntamente para restaurar o crescimento e a confiança durante a crise financeira. E, para manter nossas economias crescendo, sabemos o que é necessário nos nossos países.

Precisamos de uma força de trabalho instruída e, por isso, empresas brasileiras e americanas prometeram aumentar o intercâmbio de alunos entre nossos países. Precisamos de um compromisso com inovação e tecnologia. Por isso, concordamos em expandir a cooperação entre nossos cientistas, pesquisadores e engenheiros.

Nós precisamos de infraestrutura de classe mundial. É por isso que as empresas americanas querem ajudar vocês a preparar a cidade para um grande êxito olímpico. Numa economia global, os EUA e o Brasil devem expandir seu comércio, seus investimentos, para que possamos gerar novos empregos e novas oportunidades. É por isso que vamos derrubar obstáculos que estão impedindo-nos de fazer negócios. Vamos aumentar as relações entre nossos trabalhadores e empreendedores.

Juntos também podemos promover a segurança energética e proteger nosso lindo planeta. Como duas nações comprometidas com economias mais verdes. Sabemos que a solução para nossos desafios se encontra numa energia limpa e renovável. É por isso que metade dos veículos aqui pode usar biocombustíveis e a maior parte da eletricidade vem de hidrelétricas. É por isso também que, nos EUA, demos início a uma nova indústria de energia limpa. Por isso, EUA e Brasil estão gerando novas parcerias de energia, para compartilhar tecnologias e deixar para nossos filhos um mundo mais seguro e limpo do que o que nós encontramos.

Juntas, nossas duas nações também podem ajudar a defender nossos cidadãos. Temos trabalhado para acabar com o narcotráfico, que já destruiu muitas vidas neste hemisfério. Perseguimos o objetivo de um mundo sem armas nucleares. Estamos trabalhando juntos para aumentar a segurança em todo o nosso hemisfério. Da África ao Haiti, estamos trabalhando lado a lado para combater a fome, a doença e a corrupção que podem apodrecer uma sociedade e roubar dos humanos a dignidade e a oportunidade. E como dois países que foram enriquecidos pela herança africana, é vital que trabalhemos com o continente africano para ajudar a erguê-lo. Esse deve ser um compromisso que devemos ter juntos.

Também estamos prestando apoio e assistência ao povo japonês, numa hora de tanta necessidade. Os laços que unem nossas nações ao Japão são muito fortes. Vocês têm a maior população japonesa fora do Japão. Nos EUA, criamos um laço de mais de 60 anos com o Japão. Os japoneses estão entre nossos amigos mais próximos e vamos ficar lado a lado com eles, ajudando-os a superar essa difícil crise. Nesse e em outros esforços para a promoção da paz e prosperidade em todo o mundo, EUA e Brasil são parceiros, não apenas porque compartilhamos uma história em comum, porque estamos no mesmo hemisfério, porque temos laços comerciais e culturais, mas também porque compartilhamos certos valores e ideais essenciais.

Ambos acreditamos no poder e na promessa da democracia, acreditamos que nenhuma outra forma de governo é mais eficiente na promoção de crescimento e prosperidade para todos os seres humanos e não apenas para uma pequena parcela. E aqueles que falam o contrário, que falam que a democracia impede o desenvolvimento econômico, têm que olhar o exemplo do Brasil.

Os milhões desse país que saíram da pobreza para a classe média não poderiam ter feito isso numa economia fechada, controlada pelo Estado. Vocês estão prosperando como um povo livre, com mercados abertos e um governo que responde a seus cidadãos. Vocês estão provando que a melhor maneira de atingir as metas de justiça social e inclusão social é através da democracia. A democracia é a maior parceira do progresso.

Acreditamos que em países grandes e diversos como os nossos, que foram forjados por gerações de diferentes raças e crenças, a democracia apresenta esperança para que cada cidadão seja tratado com dignidade e respeito. E que possamos resolver nossas diferenças de forma pacÍfica, que possamos encontrar força na diversidade.

Sabemos, por nossa própria experiência nos EUA, como é importante ter a capacidade de trabalhar em conjunto, mesmo quando estamos discordando. Entendo que nossa forma de governo pode ser um pouco lenta e bagunçada. Mas entendemos que a democracia tem que ser constantemente fortalecida e aperfeiçoada.

Sabemos que diferentes nações escolhem diferentes caminhos para realizar a promessa $democracia, e que nenhuma nação deve impor seu desejo sobre outra. Mas também sabemos que há aspirações compartilhadas por todos os humanos. Todos buscamos liberdade, todos queremos ser ouvidos e desejamos viver sem medo e discriminação. Queremos poder escolher como seremos governados e moldar nosso próprio destino. Não são ideais americanos ou brasileiros. Não são ideais ocidentais. São direitos universais. E temos que apoiar esses direitos em toda parte.

Hoje nós vemos a luta por esses direitos no Oriente Médio e no Norte da África.Vimos uma revolução que surgiu a partir do desejo de dignidade básica na Tunísia. Vimos pessoas protestando pacificamente na Praça Tahrir — jovens e velhos, cristãos e muçulmanos. Vimos o povo da Líbia lutando com coragem contra um regime determinado a brutalizar seus próprios cidadãos. Em toda região, vimos jovens se levantando, uma nova geração reivindicando o direito de determinar seu futuro.

Desde o início, deixamos claro que a mudança que eles buscam deve ser realizada pelo próprio povo. Nossas duas nações, Brasil e EUA, que já lutaram ao longo de muitos anos para aperfeiçoar sua democracia, sabem que o futuro do mundo árabe vai ser determinado por seu próprio povo.

Ninguém pode dizer com certeza quando essa mudança vai acontecer, mas não devemos temê-la. Quando jovens insistem que as correntes da História estão se movendo, as tristezas do passado podem ser eliminadas. Quando homens e mulheres exigem seus direitos humanos, a humanidade como um todo cresce. Onde quer que a luz da liberdade seja acesa, o mundo se torna um lugar mais brilhante.

Esse é o exemplo do Brasil, país que mostrou que uma ditadura pode se tornar uma próspera democracia. Brasil, país que mostrou que a democracia pode trazer tanto liberdade quanto oportunidades para seu povo. Brasil, um país que mostrou como um chamado por mudanças pode começar em uma rua e transformar uma cidade, transformar um país, transformar um mundo.

Há décadas, justamente do lado de fora desse teatro, na Cinelândia, esse chamado por mudanças foi ouvido. Estudantes, artistas, políticos se uniram com faixas que diziam: “abaixo a ditadura, o povo no poder” . As aspirações democráticas só foram atingidas anos depois. Mas uma jovem que participou daquele movimento mudaria a História desse país para sempre.

Filha de imigrantes, sua participação no movimento a levou à prisão. Foi torturada pelo próprio governo. Logo, ela sabe o que é viver sem o direito mais básico pelo qual tantos estão lutando hoje. Mas ela também sabe o que é perseverar, o que superar, pois hoje essa mulher é a presidente desta nação, Dilma Rousseff.

Nossas nações enfrentam muitos desafios. Na estrada que temos pela frente, encontraremos muitos obstáculos, mas, no final, é nossa história que nos dá esperança de um amanhã melhor. É o fato de saber que homens e mulheres, que vieram antes de nós, conseguiram vencer obstáculos maiores que os que teremos, que vivemos num lugar onde pessoas comuns fizeram coisas extraordinárias...

É essa ideia da possibilidade, de otimismo, que levou os pioneiros a vir para esse Novo Mundo. É isso que une nossas nações como parceiras neste novo século. É por isso que acreditamos nas palavras de Paulo Coelho, um de seus autores mais famosos: “com a força de nosso amor e nosso desejo, de nossa vontade, podemos mudar o nosso destino, assim como o destino de muitos outros”.

Muito obrigado (em português) e que Deus abençoe nossas nações. Muito obrigado.

Em inglês, divulgado pela embaixada americana:

THE PRESIDENT: Hello, Rio de Janeiro!

AUDIENCE: Hello!

AUDIENCE MEMBER: Many welcomes!

THE PRESIDENT: Alô, Cidade Maravilhosa! (Applause.) Boa tarde, todo o povo brasileiro. (Applause.)

Since the moment we arrived, the people of this nation have graciously shown my family the warmth and generosity of the Brazilian spirit. Obrigado. Thank you. (Applause.) And I want to give a special thanks to all of you for being here, because I've been told that there's a Vasco football game coming. (Cheers and boos.) Botafogo -- (laughter.) So I know that -- I realize Brazilians don't give up their soccer very easily. (Laughter.)

Now, one of my earliest impressions of Brazil was a movie I saw with my mother as a very young child, a movie called Black Orpheus, that is set in the favelas of Rio during Carnival. And my mother loved that movie, with its singing and dancing against the backdrop of the beautiful green hills. And it first premiered as a play right here in Teatro Municipal. That's my understanding.

And my mother is gone now, but she would have never imagined that her son's first trip to Brazil would be as President of the United States. She would have never imagined that. (Applause.) And I never imagined that this country would be even more beautiful than it was in the movie. You are, as Jorge Ben-Jor sang, "A tropical country, blessed by God, and beautiful by nature." (Applause.)

I've seen that beauty in the cascading hillsides, in your endless miles of sand and ocean, and in the vibrant, diverse gatherings of brasileiros who have come here today.

And we have a wonderfully mixed group. We have Cariocas and Paulistas, Baianas, Mineiros. (Applause.) We've got men and women from the cities to the interior, and so many young people here who are the great future of this great nation.

Now, yesterday, I met with your wonderful new President, Dilma Rousseff, and talked about how we can strengthen the partnership between our governments. But today, I want to speak directly to the Brazilian people about how we can strengthen the friendship between our nations. I've come here to share some ideas because I want to speak of the values that we share, the hopes that we have in common, and the difference that we can make together.

When you think about it, the journeys of the United States of America and Brazil began in similar ways. Our lands are rich with God's creation, home to ancient and indigenous peoples. From overseas, the Americas were discovered by men who sought a New World, and settled by pioneers who pushed westward, across vast frontiers. We became colonies claimed by distant crowns, but soon declared our independence. We then welcomed waves of immigrants to our shores, and eventually after a long struggle, we cleansed the stain of slavery from our land.

The United States was the first nation to recognize Brazil's independence, and set up a diplomatic outpost in this country. The first head of state to visit the United States was the leader of Brazil, Dom Pedro II. In the Second World War, our brave men and women fought side-by-side for freedom. And after the war, both of our nations struggled to achieve the full blessings of liberty.

On the streets of the United States, men and women marched and bled and some died so that every citizen could enjoy the same freedoms and opportunities -- no matter what you looked like, no matter where you came from.

In Brazil, you fought against two decades of dictatorships for the same right to be heard -- the right to be free from fear, free from want. And yet, for years, democracy and development were slow to take hold, and millions suffered as a result.

But I come here today because those days have passed. Brazil today is a flourishing democracy -- a place where people are free to speak their mind and choose their leaders; where a poor kid from Pernambuco can rise from the floors of a copper factory to the highest office in Brazil.

Over the last decade, the progress made by the Brazilian people has inspired the world. More than half of this nation is now considered middle class. Millions have been lifted from poverty. For the first time, hope is returning to places where fear had long prevailed. I saw this today when I visited Cidade de Deus -- the City of God. (Applause.)

It isn't just the new security efforts and social programs -- and I want to congratulate the mayor and the governor for the excellent work that they're doing. (Applause.) But it's also a change in attitudes. As one young resident said, "People have to look at favelas not with pity, but as a source of presidents and lawyers and doctors, artists, [and] people with solutions." (Applause.)

With each passing day, Brazil is a country with more solutions. In the global community, you've gone from relying on the help of other nations, to now helping fight poverty and disease wherever they exist. You play an important role in the global institutions that protect our common security and promote our common prosperity. And you will welcome the world to your shores when the World Cup and the Olympic games come to Rio de Janeiro. (Applause.)

Now, you may be aware that this city was not my first choice for the Summer Olympics. (Laughter.) But if the games could not be held in Chicago, then there's no place I'd rather see them than right here in Rio. And I intend to come back in 2016 to watch what happens. (Applause.)

For so long, Brazil was a nation brimming with potential but held back by politics, both at home and abroad. For so long, you were called a country of the future, told to wait for a better day that was always just around the corner.

Meus amigos, that day has finally come. And this is a country of the future no more. The people of Brazil should know that the future has arrived. It is here now. And it's time to seize it. (Applause.)

Now, our countries have not always agreed on everything. And just like many nations, we're going to have our differences of opinion going forward. But I'm here to tell you that the American people don't just recognize Brazil's success -- we root for Brazil's success. As you confront the many challenges you still face at home as well as abroad, let us stand together -- not as senior and junior partners, but as equal partners, joined in a spirit of mutual interest and mutual respect, committed to the progress that I know that we can make together. (Applause.) I'm confident we can do it. (Applause.)

Together we can advance our common prosperity. As two of the world's largest economies, we worked side by side during the financial crisis to restore growth and confidence. And to keep our economies growing, we know what's necessary in both of our nations. We need a skilled, educated workforce -- which is why American and Brazilian companies have pledged to help increase student exchanges between our two nations.

We need a commitment to innovation and technology -- which is why we've agreed to expand cooperation between our scientists, researchers, and engineers.

We need world-class infrastructure -- which is why American companies want to help you build and prepare this city for Olympic success.

In a global economy, the United States and Brazil should expand trade, expand investment, so that we create new jobs and new opportunities in both of our nations. And that's why we're working to break down barriers to doing business. That's why we're building closer relationships between our workers and our entrepreneurs.

Together we can also promote energy security and protect our beautiful planet. As two nations that are committed to greener economies, we know that the ultimate solution to our energy challenges lies in clean and renewable power. And that's why half the vehicles in this country can run on biofuels, and most of your electricity comes from hydropower. That's also why, in the United States, we've jumpstarted a new clean energy industry. And that's why the United States and Brazil are creating new energy partnerships -- to share technologies, create new jobs, and leave our children a world that is cleaner and safer than we found it. (Applause.)

Together, our two nations can also help defend our citizens' security. We're working together to stop narco-trafficking that has destroyed too many lives in this hemisphere. We seek the goal of a world without nuclear weapons. We're working together to enhance nuclear security across our hemisphere. From Africa to Haiti, we are working side by side to combat the hunger, disease, and corruption that can rot a society and rob human beings of dignity and opportunity. (Applause.) And as two countries that have been greatly enriched by our African heritage, it's absolutely vital that we are working with the continent of Africa to help lift it up. That is something that we should be committed to doing together. (Applause.)

Today, we're both also delivering assistance and support to the Japanese people at their greatest hour of need. The ties that bind our nations to Japan are strong. In Brazil, you are home to the largest Japanese population outside of Japan. In the United States, we forged an alliance of more than 60 years. The people of Japan are some of our closest friends, and we will pray with them, and stand with them, and rebuild with them until this crisis has passed. (Applause.)

In these and other efforts to promote peace and prosperity throughout the world, the United States and Brazil are partners not just because we share history, not just because we're in the same hemisphere; not just because we share ties of commerce and culture, but also because we share certain enduring values and ideals.

We both believe in the power and promise of democracy. We believe that no other form of government is more effective at promoting growth and prosperity that reaches every human being -- not just some but all. And those who argue otherwise, those who argue that democracy stands in the way of economic progress, they must contend with the example of Brazil.

The millions in this country who have climbed from poverty into the middle class, they could not do so in a closed economy controlled by the state. You're prospering as a free people with open markets and a government that answers to its citizens. You're proving that the goal of social justice and social inclusion can be best achieved through freedom -- that democracy is the greatest partner of human progress. (Applause.)

We also believe that in nations as big and diverse as ours, shaped by generations of immigrants from every race and faith and background, democracy offers the best hope that every citizen is treated with dignity and respect, and that we can resolve our differences peacefully, that we find strength in our diversity.

We know that experience in the United States. We know how important it is to be able to work together -- even when we often disagree. I understand that our chosen form of government can be slow and messy. We understand that democracy must be constantly strengthened and perfected over time. We know that different nations take different paths to realize the promise of democracy. And we understand that no one nation should impose its will on another.

But we also know that there's certain aspirations shared by every human being: We all seek to be free. We all seek to be heard. We all yearn to live without fear or discrimination. We all yearn to choose how we are governed. And we all want to shape our own destiny. These are not American ideals or Brazilian ideals. These are not Western ideals. These are universal rights, and we must support them everywhere. (Applause.)

Today, we are seeing the struggle for these rights unfold across the Middle East and North Africa. We've seen a revolution born out of a yearning for basic human dignity in Tunisia. We've seen peaceful protestors pour into Tahrir Square -- men and women, young and old, Christian and Muslim. We've seen the people of Libya take a courageous stand against a regime determined to brutalize its own citizens. Across the region, we've seen young people rise up -- a new generation demanding the right to determine their own future.

From the beginning, we have made clear that the change they seek must be driven by their own people. But for our two nations, for the United States and Brazil, two nations who have struggled over many generations to perfect our own democracies, the United States and Brazil know that the future of the Arab World will be determined by its people.

No one can say for certain how this change will end, but I do know that change is not something that we should fear. When young people insist that the currents of history are on the move, the burdens of the past can be washed away. When men and women peacefully claim their human rights, our own common humanity is enhanced. Wherever the light of freedom is lit, the world becomes a brighter place.

That is the example of Brazil. That is the example of Brazil. (Applause.) Brazil -- a country that shows that a dictatorship can become a thriving democracy. Brazil -- a country that shows democracy delivers both freedom and opportunity to its people. Brazil -- a country that shows how a call for change that starts in the streets can transform a city, transform a country, transform a world.

Decades ago, it was directly outside of this theater, in Cinelandia Square, where the call for change was heard in Brazil. Students and artists and political leaders of all stripes would gather with banners that said, "Down with the dictatorship. The people in power." Their democratic aspirations would not be fulfilled until years later, but one of the young Brazilians in that generation's movement would go on to forever change the history of this country.

A child of an immigrant, her participation in the movement led to her arrest and her imprisonment, her torture at the hands of her own government. And so she knows what it's like to live without the most basic human rights that so many are fighting for today. But she also knows what it is to persevere. She knows what it is to overcome -- because today that woman is your nation's president, Dilma Rousseff. (Applause.)

Our two nations face many challenges. On the road ahead, we will certainly encounter many obstacles. But in the end, it is our history that gives us hope for a better tomorrow. It is the knowledge that the men and women who came before us have triumphed over greater trials than these -- that we live in places where ordinary people have done extraordinary things.

It's that sense of possibility, that sense of optimism that first drew pioneers to this New World. It's what binds our nations together as partners in this new century. It's why we believe, in the words of Paul Coelho, one of your most famous writers, "With the strength of our love and our will, we can change our destiny, as well as the destiny of many others."

Muito obrigado. Thank you. And may God bless our two nations. Thank you very much. (Applause.)

Bom Dia a todos!!!

Que essa semana seja bem proveitosa!!!

Vamos à Luta!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê sua opinião, sugestão, críticas e conte sua história.
Obrigado pelo comentário! Estude!